Edição 106 – 29/6/2020
“Por que não é uma boa ideia financiar a prorrogação do auxílio emergencial com corte de salários de servidores públicos?”
Hoje, reproduzimos o terceiro dos nove argumentos – relacionados no estudo preparado pelo mestre em economia e auditor federal de Finanças e Controle, Bráulio Cerqueira –, contra a pretensa redução remuneratória indevida e injustamente imaginada por autoridades do Executivo e do Legislativo:
3. Quem emite R$1,2 trilhão para garantir a estabilidade do sistema financeiro pode arcar com R$152,6 bilhões adicionais para os 50 milhões de trabalhadores mais vulneráveis.
O Banco Central estimou em R$1,2 trilhão o potencial de injeção de dinheiro novo no sistema financeiro em decorrência do combate à crise. Sem contar as compras e vendas pela autoridade monetária de títulos privados nos mercados secundários autorizadas pelo Congresso (Emenda Constitucional 106).
Isso demonstra que, mesmo se não contasse com dinheiro em caixa para pagar o auxílio emergencial, o governo federal poderia se endividar ou emitir moeda para combater a pandemia.
Garantir a todo custo a solvência do mercado na crise, mas barganhar com a população, governadores e prefeitos a defesa da vida e da renda, é opção política e não uma imposição financeira.
O estudo é tema de campanha do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate) nas mídias sociais. Acompanhe nas páginas do Sinal no Facebook e no Instagram.
Confira aqui o estudo completo.