10 X 1
Poderia ser placar de futebol, daqueles de várzea, mas não foi.
Foi algo muito mais importante que futebol.
O Supremo Tribunal Federal – que, verdade seja dita, nem sempre bate esse bolão todo – não se fez de rogado e aproveitou a oportunidade para mostrar ao Governo e seus adeptos aquilo que uma boa mãe explica ao seu filho no primeiro dia de escola: “Quem tem dignidade, respeita a dignidade do outro também”. (Voto da Ministra Cármen Lúcia).
O Ministro Alexandre de Moraes foi ainda mais contundente: “A preservação da vida, da saúde, seja individual, seja pública, em um país como o Brasil, com quase 200 mil mortos pela Covid-19, não permite demagogia, hipocrisia, ideologias, obscurantismo, disputas político-eleitoreiras e, principalmente, não permite ignorância”.
Segundo ele, “a vacinação compulsória é uma obrigação do poder público e, também, do indivíduo”.
Isto, em qualquer país civilizado, seria dizer o óbvio, mas para muitas pessoas, infelizmente, inclusive colegas nossos, não é.
Quantos, por ideologia ou ignorância, acataram o grito de guerra do Governo contra as vacinas?
Alguns se acham “de direita”, quando simplesmente fazem o papel de tolos ao verem demônios e “interesses geopolíticos” na Coronavac, que chamam de “vacina da China” ou “do Dória”.
A lista de colegas do Rio de Janeiro falecidos até o momento neste ano já soma 42 nomes.
Infelizmente, boa parte deles levados pela Covid-19.
De que planeta vieram as pessoas contrárias à vacinação?
Não sentem nada pela dor das famílias destroçadas pela Pandemia?
Acham mesmo que quando o Sindicato critica a inércia do Governo estamos fazendo atividade político-partidária?
Não possuem este direito.
Antes mesmo de defender nosso contracheque, neste Governo o Sindicato se vê obrigado a defender a vida dos seus filiados, da Categoria.
Não precisa nem ser Sindicalista, basta ser humano com um mínimo de escrúpulos.
E isto faremos sempre.
Vamos torcer para que a vacinação comece o mais rapidamente possível, e, assim, possamos salvar vidas e trazer de volta a normalidade, os negócios e os empregos.
Aí, sim, poderemos novamente voltar a a falar de pauta negocial, ações judiciais e condições de trabalho.
Aquelas coisas que só os vivos podem discutir.
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