Edição 11 – 21/1/2020
Ao Correio Braziliense, presidente do Sinal aponta alta defasagem de quadros no BCB
Matéria publicada nesta terça-feira, 21 de janeiro, pelo Blog do Servidor e pela edição impressa do Correio Braziliense, destaca os prejuízos da alta defasagem de quadros na Administração Pública. Em entrevista ao veículo, o presidente do Sinal, Paulo Lino, aponta que o Banco Central do Brasil registra uma perda de 27,7% em sua força de trabalho nos últimos dez anos. Em relação à dotação legal, o déficit se aproxima de 44%.
A despeito das inovações tecnológicas, que se mostram importantes aliadas aos mais diversos setores profissionais e impõem transformações ao ambiente de trabalho, Lino ressalta que é fundamental a manutenção de efetivos à altura das demandas da sociedade. “Se, por um lado, o avanço tecnológico substituiu determinadas tarefas, por outro, a própria inovação trouxe diferentes formas de trabalho que exigem acompanhamento e fiscalização”, afirmou.
E o risco de RH tende a se agravar, haja vista a política de arrocho sobre o serviço público, com restrição a concursos, e as novas aposentadorias (22, apenas nos meses de dezembro de 2019 e janeiro de 2020 no BCB).
Os números deixam clara a atual realidade na Autarquia: corpo funcional impelido a produzir cada vez mais com cada vez menos. As atribuições adquiridas nos últimos anos não vieram acompanhadas da reposição proporcional do efetivo. Com uma defasagem histórica, os servidores do BC têm procurado seguir desempenhando com excelência, em muitos casos, com sacrifício pessoal, suas obrigações perante a comunidade.
Esta carência crônica de recursos, por óbvio, não é uma situação administrável a médio e longo prazos, especialmente em um órgão que hoje tem como sua principal bandeira a conquista da autonomia. Processo este que, no entendimento do Sinal, deveria ter como ponto de partida um quadro de funcionários valorizado em suas prerrogativas, em patamares numéricos adequados ao suprimento de suas competências.