Edição 38 – 8/3/2021
Dia da Mulher: reflexões e desafios
Da origem operária, no início do século passado, aos dias de hoje, o grito por respeito e igualdade – questões rudimentares a qualquer sociedade que se proponha democrática – segue ecoando a cada 8 de março. O clamor que se levanta neste dia alerta para uma persistente e injusta realidade vivenciada pelas mulheres em seu cotidiano, o que evidencia o nosso distanciamento do ambiente ideal.
Maioria entre a população brasileira, elas ainda são minoria em instâncias decisórias nas mais variadas esferas, recebendo tratamento assimétrico, inclusive, em relação ao aspecto salarial: estudo produzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que, apesar de uma redução recente, a desigualdade remuneratória média no país é próxima aos 20%. O IBGE aponta também que a “dupla jornada” faz as mulheres trabalharem, em média, 3,1 horas semanais a mais que os homens.
Para além do que os números podem aferir, são lamentavelmente corriqueiras as situações de assédio e constrangimento, em razão do gênero, que, não obstante serem aturadas em silêncio na maioria das vezes, expõem ainda mais as mazelas de nossa coletividade.
Não menos preocupante, por outra parte, o alarmante recrudescimento da violência contra o gênero feminino em nosso país: dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (2019) mostram que a cada 2 minutos uma mulher foi vítima de agressão física. Naquele ano foram quase 270 mil registros de lesão corporal dolosa e mais de 1.300 casos de feminicídio.
Apesar dos pesares, nossa solidariedade, empenho e votos por um país, de fato, justo e igualitário. Que o respeito seja nossa maior homenagem, como sociedade, não só neste 8 de março, mas em todos os dias do ano.
A vocês, companheiras de jornada, exemplos de superação, dedicação, força e luta, mesmo em meio a condições, por vezes, cruéis e desafiadoras, o Sinal deseja um
Feliz Dia Internacional da Mulher!