DUAS PROPOSTAS PARA O BCB
Procurando elefantes
Em artigo na Folha de São Paulo de 28.06.2020, o ex-presidente do BCB Armínio Fraga apresentou novamente o seu modelo de solução para a crise econômica do país.
Como de praxe, as soluções vêm em forma de pontos percentuais do PIB.
Quem deveria pagar a conta: a eliminação de subsídios tributários e…os Servidores Públicos.
Para isto reclama a necessidade de uma maior liderança do Governo.
Com todo o respeito que merece o ex-presidente da nossa Casa, o modelo lembra muito aquela piada sobre o economista que é indagado sobre como tirar um enorme elefante de dentro do porão de um navio.
“É simples!”, diz ele. “Basta considerarmos, ‘Coeteris Paribus’, o elefante tendo peso zero. Estabelecida esta pré-condição do modelo, basta amarrar um barbante em torno do animal e facilmente suspendê-lo para fora do navio!”.
No nosso caso, um Governo com Paulo Guedes destruindo o Setor Público, e com a alma vendida ao Centrão para manter privilégios fiscais e econômicos, Armínio não consegue enxergar sequer aonde está o verdadeiro “elefante” do navio.
Chama a atenção a sua declaração de que “Como se dizia no BC, há também muitos cuja ausência preenche uma lacuna”.
Consideramos lamentável a afirmação.
Ainda mais quando, como declarou o presidente do Sinal, Paulo Lino, em entrevista à Folha Dirigida no mesmo período, “Está chegando o momento em que terá que se discutir seriamente quais tarefas terão que deixar de ser feitas, mesmo que em detrimento da qualidade dos serviços prestados”.
“Mais 600 servidores poderão se aposentar até o final de 2022”, alertou.
No nosso caso específico, “O Rio de Janeiro sofre o processo crônico de esvaziamento de quadros, similar ao que ocorre nas demais regionais. Há um perigo muito grande nesta política de desidratação das sedes regionais, com grande concentração de recursos e Servidores em Brasília, que é o de perder a identidade nacional do órgão. Entendemos que esta é uma preocupação que deveria nortear a atuação da Direção do BC”.
Concluiu que “A verdadeira solução para nossos problemas é a instituição de uma política governamental de valorização do Estado brasileiro, com concursos públicos regulares e específicos para o Banco Central do Brasil, condição necessária para a Autarquia continuar prestando com excelência seus serviços à sociedade brasileira”.
Falta uma proposta democrática para o nosso país.
A ilusão de uma saida autoritária aliada a uma visão neoliberal da economia apenas conseguiu nos enterrar ainda mais fundo no poço econômico em que nos encontrávamos.
Os elefantes do Brasil estão em Brasília, nos porões do fisiologismo do Congresso Nacional, nos porões do ativismo judiciário do STF e nos porões dos ministérios aparelhados para atender apenas os interesses econômicos das elites patrimoniais do nosso país.
São eles que mantêm o navio à deriva.
O que esperar de quem dá receitas de saída para a crise, mas que não consegue sequer enxergar aonde estão os elefantes?
| EM TEMPOS DE PANDEMIA, SINAL-RJ FAZ DOAÇÕES PARA PESSOAS CARENTES
Com o advento da Pandemia de Covid-19, o Sinal-RJ deixou, a partir de 17.03.2020, de realizar atividades presenciais em sua Sede. Com isso, vem sendo possível deixar de gastar recursos do Orçamento de 2020 alocados em Despesas Operacionais como, por exemplo, Energia Elétrica, Condomínio, Vale-Transporte e Convênios. Em tal circunstância, e tendo presente o impacto altamente negativo que a Pandemia de Covid-19 vem produzindo, principalmente, junto às camadas mais carentes da população, o Conselho Regional do Sinal-RJ decidiu realizar duas doações, com vistas ao atendimento de necessidades básicas de pessoas pobres. A primeira doação foi efetuada junto à Ação pela Cidadania (Associação Comitê Rio da Ação da Cidadania Contra a Fome, a Miséria e Pela Vida), cujo trabalho, amplamente reconhecido, pode ser visualizado clicando-se no link https://www.acaodacidadania.com.br/ Publicamos, a seguir, cópia do Recibo entregue ao Sinal-RJ pela Instituição. Publicamos, a seguir, cópia do Recibo entregue ao Sinal-RJ pela Instituição. |
| CAMPANHA SINAL-RJ DE COMBATE AO CORONAVÍRUS
FIQUE EM CASA! Por que o coronavírus mata mais as pessoas negras
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Racismo, desigualdades sociais, acesso desigual a sistemas de saúde, moradia inadequada e impossibilidade de se isolar colocam população mais vulnerável como a mais afetada pela pandemia
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