Edição 041 - 21/05/2020

O “GAROTO DO CHICOTE”

No antigo regime monarquista, príncipes tendiam a crescer com todo o conforto do mundo aos pés, e isso podia ser um grande problema.

Não eram estranhos os casos de príncipes que se comportavam muito mal por serem mimados sempre – e só o Rei tinha permissão para dar umas palmadas.

Por isso, se costumava colocar um outro menino, da mesma idade, para virar o melhor amigo do príncipe.

Sempre que o pequeno membro da corte merecesse apanhar, o “garoto do chicote” tomava as bofetadas em seu lugar.

Acreditava-se que, dessa maneira, a criança mimada teria dó do amigo e que melhoraria as suas atitudes.

No Estado brasileiro, a gestão da máquina pública é dividida em segmentos bem nítidos: os comissionados de carreiras públicas e os indicados pelo Executivo.

Para estas indicações é grande a barganha política, afinal são milhares de cargos no topo da administração pública.

Não há governo eleito que não seja imediatamente acossado por parlamentares em busca de emplacar o maior número de indicados possíveis, de preferência em posições-chave que tenham acesso a verbas e contratos.

Por motivos óbvios, o interesse principal não é a preocupação com a boa gestão pública.

É o velho “Toma lá, dá cá”.

A base da administração pública é composta por outro segmento que, principalmente após a Constituição de 1988, passou a ser preenchida por cargos disponibilizados cada vez mais por intermédio de concursos públicos.

Se tal fato não é certeza de caráter, ao menos lhe concede um espaço de independência que pode ou não ser usado.

Infelizmente, também há os que se vendem.

O Sindicato não tem como função apenas lutar por melhorias salariais e trabalhistas.

No nosso caso, a função pública também nos exige que lutemos para que a sociedade à qual servimos não seja continuamente esbulhada pelos príncipes de plantão.

A epidemia do Coronavírus, em nosso Estado do Rio de Janeiro, nos trouxe um elucidativo exemplo do que ambos os segmentos podem produzir.

Enquanto Servidores da Área da Saúde se arriscam cotidianamente em hospitais, na Secretaria de Saúde mais um esquema criminoso para a compra de Respiradores que não foram entregues (e claramente nem iriam ser), pelos quais já foram pagos, adiantados, cerca de R$ 10 milhões de reais.

O ministro Paulo Guedes, desde os seus primeiros dias de gestão, vocifera incessantemente pela necessidade de reformar o Estado Brasileiro.

Fato de que não discordamos,  pelo contrário.

Só um tolo ou um aproveitador não vê qualquer problema na gestão pública.

Ocorre que nestes 18 meses ficou também transparente que a sua preocupação não abrange os príncipes da República e seus apadrinhados comissionados.

Sua visão é meramente fiscalista, objetivando somente a redução da máquina pública de prestação de serviços, sem qualquer preocupação com a qualidade desses para sociedade.

Não lhe interessa ou não lhe aproveita entrar nesta seara, digamos mais “política”.

Como sempre é muito mais fácil e conveniente espancar o “garoto do chicote” da administração pública.

O atual governo já não finge ignorar o “Toma lá, dá cá”, e nele até as atividades do Banco Central se encontram na alça de mira dos nobres do Centrão.

Não há a menor possibilidade de que estes príncipes se condoam pelo fato de que nos encontramos enfrentando a maior crise da nossa República.

Para eles isto não é problema.

Eles são fiéis monarquistas.

 

CAMPANHA SINAL-RJ DE COMBATE AO CORONAVÍRUS

FIQUE EM CASA!

Quarentena: porque você deveria ignorar toda a pressão para ser produtivo agora

Uma pesquisadora com experiência em ambientes adversos dá conselhos aos acadêmicos ansiosos com a quebra de rotina causada pelo coronavírus.

Fonte: https://medium.com/@rntpincelli/quarentena-porque-vc-deveria-ignorar-toda-a-pressao-para-ser-produtivo-agora-3f4f0b8378ae

 

OMS diz que cloroquina pode causar efeitos colaterais
e não tem eficácia comprovada no tratamento da Covid-19

Entidade foi questionada sobre as novas orientações do Ministério da Saúde que sugere o uso do medicamento contra a doença, apesar de não haver evidências científicas de que eles funcionem. Substância é normalmente usada contra malária e doenças autoimunes, como lúpus.

Fonte: https://g1.globo.com/bemestar/coronavirus/noticia/2020/05/20/oms-recomenda-que-cloroquina-e-hidroxicloroquina-so-sejam-usadas-contra-a-covid-19-em-ensaios-clinicos.ghtml
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