Palestra sobre a Reforma da Previdência

Dando continuidade a série de informações sobre o debate da Reforma da Previdência, confira abaixo como foi a palestra e acesse a apresentação do nosso Consultor e o documento de análise da PEC 287.

O SINAL-RJ promoveu na última terça-feira, dia 14, uma palestra com Consultor Luiz Roberto Domingues, sobre a proposta de reforma da previdência, enviada pelo governo e já em tramitação na Câmara dos Deputados sob o número 287/2016.

O espanto da plateia foi geral. Quem não tinha conhecimento das alterações não acreditou que tanta perversidade poderia estar em uma mesma proposta.

Eximir a responsabilidade do Estado pelo pagamento de aposentadorias e pensões, repassando para a iniciativa privada, como querem os empresários do mercado financeiro, essa atribuição foi um das principais conclusões tiradas da apresentação.

Sem justificativas técnicas para a elevação da idade mínima para 65 anos, de imediato, e sem explicar os desvios de recursos da previdência, tais como a desvinculação da DRU, isenções a entidades filantrópicas e demais renúncias fiscais, sem a contrapartida do governo, bem como a inoperância do governo para cobrar mais de 500 bilhões de dívidas da previdência, o governo, simplesmente repassa a sua incompetência na gestão e a conta da corrupção para a população, sem apresentar justificativas aceitáveis no projeto.

Exigir que um trabalhador contribua, ininterruptamente, por 49 anos para ter aposentadoria total de seus ganhos é uma aberração em um país que não consegue criar emprego para as novas gerações e que o fará disputar entre os quase 15 milhões de desempregados e outros tantos de subempregos o seu ganha-pão.

Limitar ao teto do benefício da previdência a pensão por morte dos servidores públicos qualquer que seja o seu salário, depois de descontar como ativo ou aposentado com 11,00% de seus ganhos por anos e anos a fio é o que poderíamos chamar de roubo qualificado.

O fato é que a proposta de reforma em exame, se aprovada como está, causará um grande empobrecimento à população e consolidará a desesperança nas novas gerações no nosso país.

É hora de iniciarmos uma grande mobilização contra essa proposta. Vamos para as ruas!