Edição 51 – 20/03/2018
PASBC: a inércia nas ações institucionais e a falta de transparência nas informações continuam
Na edição nº 47 do Apito Brasil, de 13 de março, denunciamos a falta de transparência da direção do Banco Central do Brasil, característica da atual gestão, sobre as decisões que vêm sendo tomadas no âmbito do Comitê Gestor (CG) do Programa de Assistência à Saúde dos Servidores do Banco Central (PASBC), sobre um novo modelo de Coparticipação e de Contribuição do Programa.
Importante ressaltar que o Comitê Gestor tem como único objetivo, conforme seu regulamento, promover a participação dos servidores na gestão do PASBC e que somente poderá promover alterações no Regulamento do Programa mediante consulta aos participantes ou entendimentos com as entidades representativas dos servidores do Banco Central do Brasil.
O último extrato das deliberações do CG publicado no Portal BC Saúde continua sendo o da reunião ordinária de 22 de janeiro, onde encontramos que os seus membros “aprovaram a proposta 3 do GT para novo Modelo de Coparticipação, na forma da apresentação realizada e do relatório produzido pelo GT”.
Como só se poderia esperar desta direção do BC, ninguém se preocupou em explicitar aos participantes do Programa a “proposta 3” aprovada pelo Comitê Gestor, muito embora as suas consequências recairão diretamente sobre cada um de nós.
Ainda no extrato acima referido, encontramos que “A próxima reunião programada para o GC acontecerá em 5.2.2018 e tratará sobre o modelo contributivo”. Mais uma vez, a omissão da direção se faz presente, pois até o momento, passados quarenta e cinco dias da data marcada para a reunião, nenhuma linha sobre as deliberações nela tomadas foi publicada, alimentando um sem número de suposições sobre as propostas que o BC se prepara para apresentar.
Se outras reuniões do Comitê Gestor aconteceram depois disso, também não se sabe, muito menos o que poderia nelas ter sido tratado.
A única certeza é a de que a direção do BC prepara nova proposta de modelo contributivo para o Programa e, a exemplo das apresentadas em meados do ano passado, penalizará os participantes.
Continuamos defendendo que as medidas projetadas para melhorar a gestão do PASBC, bem como as ações visando o aperfeiçoamento da Prevenção, Educação e Promoção da Saúde, devem ser implantadas e avaliados os seus resultados antes de se pensar em qualquer proposta de mudança no sistema contributivo.
O PASBC, mais que um Programa de Saúde, é um dos pilares fundamentais de todo o Programa de Gestão de Pessoas do Banco Central e é dessa forma que precisa ser visto pela direção do órgão.
Mais que o reconhecimento da qualidade funcional, anunciado pelo presidente Ilan Goldfajn ao receber o prêmio de Central Banker of the Year 2018, concedido pela publicação britânica The Banker, o servidor do Banco Central precisa de ações de sua direção que efetivamente o valorize profissionalmente.
Reiteramos que continuaremos lutando por um PASBC que garanta a saúde do servidor e de sua família, trazendo a tranquilidade necessária para que todos nós continuemos, com a força de nosso trabalho, contribuindo para que o Banco Central do Brasil preste os seus serviços com a habitual excelência que a sociedade brasileira precisa e merece.