Reforma administrativa: “Não haverá vitória ou derrota individual”, afirma Paulo Lino em entrevista

“Os servidores públicos de forma geral têm sido vítimas de uma campanha insidiosa na qual o governo insiste em desqualificá-los perante a sociedade, procurando vender a falsa imagem de que são privilegiados e preguiçosos, ganham muito e não fazem nada”. Conforme destacou o presidente do Sinal, Paulo Lino, em entrevista ao informativo do Sindicato Nacional dos Servidores da CVM (SindCVM), a depreciação do funcionalismo é um dos pilares que sustentam os ataques em pauta na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32/2020 – da reforma administrativa.

À publicação, Lino falou das ameaças, tanto para as carreiras do chamado Núcleo Financeiro quanto para o setor de modo geral, bem como sobre os rumos da Administração, caso a matéria seja aprovada nos atuais termos. “Na prática, esta reforma oficializa a nefasta prática do clientelismo, com o aviltamento salarial e o fim da estabilidade, necessária para que o servidor possa se contrapor a ordens que atendam a interesses outros que não os do Estado”, alertou.

A arma para combater a precarização em curso, ressaltou, por fim, é a unidade da classe em torno de um objetivo comum, a preservação do serviço público, para além de interesses particulares. “O que está em jogo é o futuro do serviço público, o futuro do Estado brasileiro, o futuro da população deste nosso imenso Brasil. Ou ganhamos todos, ou perdemos todos. Não haverá vitória ou derrota individual”, observou.

Leia aqui a entrevista na íntegra.