Edição 12 - 09/02/2006

Forte paralisação, em meio a período de férias, mostra a indignação do BC

Se você esteve na porta da sua regional, viu com seus próprios olhos. Se nem saiu de casa, aderindo à greve, já soube pelos colegas. E, se está em férias, deve ter acompanhado pelo Portal SINAL.

Apesar de estarmos num mês característico de ausência por férias, a paralisação de 24 horas, cumprida ontem pelo funcionalismo do BC como indicado na AGN de 7.2, mostrou às autoridades do governo e do Banco até onde ele está disposto a chegar, para conseguir que o acordo firmado há 112 dias seja honrado por eles.

Presença fortíssima do funcionalismo nos saguões, nas assembléias, nas manifestações de indignação com a forma como vimos sendo enrolados há tanto tempo, com desculpas as mais diversas, que vêm atrasando o cumprimento do acordo.

Várias tesourarias das representações do Meio Circulante fecharam. Houve regional em que as luzes foram todas apagadas: ninguém no prédio.

Faixas e cartazes denunciaram à imprensa e ao público passante a falta de compromisso do governo com seus trabalhadores. Nossa greve foi amplamente divulgada em rádios, jornais e na internet.

Algumas diretorias do Banco Central ficaram praticamente paralisadas, e suas autoridades sentiram a disposição do funcionalismo em retomar a luta de 2005, que havia redundado na maior greve da história do BC.

Continuamos, como representantes do funcionalismo, a exercer nosso esforço junto ao Congresso e ao Presidente Meirelles. Quanto a este último, esperamos que desperte do sono profundo que o acomete, e que o impediu de tomar conhecimento de três missivas que lhe dirigimos no sentido de intervir, como autoridade máxima do BC, no desgastante processo de espera pelo PL.

Mas não vamos ficar só no que vimos ontem. No dia 14, próxima terça-feira, teremos nova assembléia, conforme indicativo nacional já aprovado por todos.

Nela, referendaremos (ou não, dependendo de o governo responder rapidamente à nossa manifestação) nova paralisação, desta feita de 48 horas, para os dias 15 e 16.2.

Os servidores do BC estão dispostos a cobrar seu direito: estão tendo seu acordo salarial de 2005 adiado, a cada momento, com uma desculpa diferente.

A seriedade com que levamos a cabo a Campanha Salarial do ano passado merece uma contrapartida semelhante do governo.

Despendemos muita ansiedade, muita expectativa e muito desgaste para serem desconsiderados dessa forma. A resposta do funcionalismo ao descaso foi dada hoje: regionais do BC vazias, e muita disposição para continuar na luta !

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