Edição 50 - 23/05/2007

Dias parados e reunião no MPOG

SINAL recebeu, ontem, um chamado do governo para uma nova rodada da Mesa de Negociação salarial a acontecer no início da noite.

Antes de se dirigirem ao MPOG, porém, buscaram a Dirad para tratar dos dias parados desde o dia 03.05.07.

Nesse encontro, foram avisados de que não se poderia efetuar sua compensação, como acontecera na greve anterior. Além disso, não haveria a mínima possibilidade da elaboração de um Decreto Presidencial que a autorizasse.

Esse novo problema surgido nos levou a um impasse, cuja conseqüência foi o adiamento da reunião de ontem à noite para hoje, às 11 horas da manhã.

Ora, estamos numa greve que não é política, nem se pretende como "férias", como afirmou o Presidente da República dias atrás. Só começamos a greve no dia 3 de maio porque foi o prazo dado pelo próprio governo como limite para negociação.

Pleiteamos uma recomposição salarial admitida como correta e justa pelo próprio governo desde o ano passado. Se estão lembrados, o Secretário de Recursos Humanos, Sérgio Mendonça, disse-o em claro e bom som na XXI AND e em várias oportunidades posteriores, assim como outras altas autoridades.

Fomos à greve dados a falta de respeito, consideração e compromisso governamentais com a categoria, e, durante esse tempo, o trabalho não tem sido feito: nem por duendes, nem pelos poucos colegas não grevistas, que, certamente, dele não dariam conta sozinhos. Teremos todos, portanto, após resolvido o impasse salarial, que colocá-lo em dia.

Daí que o desconto dos dias parados se configurará exclusivamente como "castigo", posto que realizaremos, de qualquer maneira, o serviço acumulado.

Essa atitude autoritária parece ser apenas uma "lição" para os "meninos levados". Não considera a indignação e a justeza dos motivos da greve, que só foi levada a cabo quase um ano depois das promessas adiadas – e ainda não cumpridas – do governo federal.

Levaremos à reunião no MPOG, daqui a pouco mais, os dois problemas que agora temos, para solução:

1. os dias parados;

2. uma proposta, entre as que estão sendo discutidas, passível de ser submetida às assembléias do funcionalismo do BC.

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