Edição 62 - 01/06/2007

Antes tarde do que nunca

Antes tarde do que nunca
Meirelles inicia gestões e abrem-se novas perspectivas

Aos 45 minutos do segundo tempo, quando alguns já consideravam a possibilidade de um acordo honroso, eis que surge, de fontes diferentes, a notícia que o funcionalismo aguardava (e cobrava). O Presidente Meirelles iniciou gestões em apoio às nossas reivindicações.

Além da pressão exercida sobre a direção do BC, a decisão do SINAL de concentrar fogo nas articulações na Câmara e no Senado revelou-se precisa. A representatividade delegada pela nossa greve permitiu-nos um livre trânsito junto a parlamentares influentes, os quais, nos últimos dias, intermediaram diversos contatos com representantes do governo, tentando convencê-los de que temos direito, por justiça, à recomposição salarial e que não tem cabimento qualquer tentativa de retaliação, por intermédio do desconto dos dias em greve.

Com esse novo cenário, num quadro ainda indefinido, mas que aponta para o fortalecimento político de nossas posições, não havia porque sentarmos para discutir uma proposta que já estava superada pelos fatos.

E não podemos esquecer que Meirelles garantiu, "independente de qualquer coisa", que quer ter uma reunião conosco, na 3ª. feira, assim que retornar do exterior.

Além do mais, o indicativo de se postergar para o início da próxima semana o fechamento do acordo, está sendo costurado, inclusive durante o dia de hoje, em meio a várias consultas, procurando garantir, com segurança, que o que foi construído até agora não corra nenhum risco.

Muito embora nada esteja resolvido – e por isso temos que continuar vigilantes, garantindo a greve -, sabemos que a combinação dessas forças (greve forte, gestões de Meirelles e articulação parlamentar) pode nos levar a um resultado satisfatório, desde que cada um cumpra a sua parte.

Assim, vale a pena lutarmos, um pouco mais, para tentarmos conquistar a antecipação da proposta para 2007 e afastarmos, de vez, esse "fantasma" do desconto dos dias em greve.
 

Concordamos em pagar com horas de trabalho
mas não venham mexer nos nossos salários.
Assembléia – Hoje – 14h30m – Saguão da ADRJA

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