Marcha dos servidores em Brasília
"Não tem dinheiro para o plano de carreira, mas tem dinheiro para o Carlos Cachoeira"
Sob este e outros motes, milhares de servidores tomaram hoje a Esplanada dos Ministérios, marchando desde a Catedral até a Praça dos Três Poderes, e daí voltando até defronte o prédio principal do Ministério do Planejamento. O Sinal representou os servidores do Banco Central com uma compacta porém briosa delegação.
O protesto pela valorização do servidor e serviço público de qualidade conduziu as lideranças das três centrais participantes e de dez entidades nacionais de servidores à sala do Secretário-executivo e Chefe de Gabinete da Ministra Miriam Belchior, sr. Walter Correa.
As entidades colocaram ao secretário que as evasivas governamentais tem causado insatisfação entre o corpo funcional, produzindo marchas como a de hoje e indicativos de greve, alguns dos quais já transformados em movimentos paredistas. Expressaram que o governo tem se furtado a discutir o mérito das demandas, temendo pela ilegitimidade de o Secretário das Relações do Trabalho em negociar.
Walter reafirmou que Sergio Mendonça está acreditado a fazer a negociação, acha importante discutir-se o mérito das propostas, mas o prazo é mesmo 31.7 e não há pressa, por não haver corrida pelos recursos orçamentários, já que a peça só será produzida, em formato final, em agosto próximo. Retomou antiga posição do Ministério de não negociar com grevistas, vez que o uso do recurso é terminal, ainda que legítimo.
As entidades reforçaram o pedido de audiência com a Ministra e a Condsef destacou a proposta da Mesa geral, inflação reposta para todos e variação do PIB para corrigir distorções salariais.