A luta recomeça!
Somente teremos êxito com massiva mobilização dos servidores!
O primeiro passo na rearticulação das negociações que envolvem pautas de nossa categoria junto ao Executivo é cobrarmos o imediato retorno do diálogo entre as partes. Para isso, o Sinal chama o presidente do BC, ministro Alexandre Tombini, e o diretor de Administração, Altamir Lopes, a se unirem à categoria na defesa de nossos direitos constitucionais.
No Planalto e na Esplanada, os dois colegas têm poder de interlocução para contribuir com a resolução de pendências da campanha salarial e pela reestruturação das carreiras do Banco Central.
Essa cobrança será constantemente levada a efeito até conseguirmos o restabelecimento do diálogo junto ao governo, por meio da Secretaria de Relações do Trabalho (SRT), do Ministério do Planejamento e Gestão (MPOG).
Essa é uma das principais decisões resultantes dos debates do Conselho Nacional, reunido em São Paulo na segunda e terça-feira, 17 e 18. A reunião envolveu sugestões e críticas da AGN do dia 4, também discutidas em telerreunião do CN no dia 10.
O Sinal vai trabalhar exaustivamente em três frentes, junto à direção do BC, ao Parlamento e ao Executivo, especialmente a SRT.
Determinações da AND de 2010
O CN reafirma o compromisso e a obediência do Sinal às decisões de sua instância máxima, que orientaram nosso posicionamento durante todo o complexo e combativo processo da campanha salarial, a mais exaustiva de nossa história.
As reivindicações da Assembleia Nacional Deliberativa (AND) de 2010, referendadas em votação eletrônica pela categoria, em 2011, foram apresentadas formalmente à atual Diretoria do Banco Central no dia 6 de fevereiro (Apito 13). A Pauta Salarial, com 31 itens, em especial a modernização da carreira de especialista e BC no topo do Executivo.
Nesse período, reunimos todos os esforços para mantermos conversações sobre a defesa de nossas carreiras com o Executivo, por meio da SRT, e em articulações frequentes em comissões e gabinetes do Congresso Nacional.
Campanha salarial
O embate duro, inadequado e intransigente, por parte do governo, que demorou meses para apresentar proposta de recomposição salarial ao conjunto do funcionalismo, levou categorias, como a nossa, à recusa dos 5-5-5, apresentados em cima da hora e em meio a provocações de toda sorte, veiculadas, geralmente, por amplos setores da mídia tendo como fonte o governo.
É sempre bom relembrar: durante a campanha e até os penúltimos instantes do jogo, como sabemos, o governo dizia que o reajuste para 2013 seria ZERO. Como justificativa, o governo ora culpava a crise na Europa, ora o PIB. Chegou a afirmar sua prioridade pela manutenção do emprego no setor privado em detrimento do setor público, porque este, “lembravam” ministros ou a Presidente da República, tem estabilidade.
Nasce a UCE
Um dos resultados positivos, e inédito, desta campanha salarial, a nosso ver ainda em curso, é a constituição da União das Carreiras de Estado (UCE), formada pelas entidades sindicais de servidores que trabalham para a eficiência da administração pública federal e do sistema financeiro, no país e em suas representações internacionais. Juntos, podemos ficar mais fortes para defendermos propostas comuns a nossas categorias.
Luta por recuperação salarial continua
Juntamente com as carreiras de Estado, como pauta comum, reivindicamos de imediato o índice de 23,85% referente à recuperação das perdas acumuladas desde 2008, ano do último reajuste (Apito 45). O governo não aceitou nossa reivindicação e respondeu oferecendo os 15% fatiados em três anos. Nossa categoria rejeitou a oferta em AGN.
Não houve acordo e o impasse está instalado. No momento, NÃO EXISTE MAIS A PROPOSTA, NÃO HÁ O QUE APRECIAR. O governo emperrou novamente o prosseguimento normal das negociações, direito legítimo e democrático conquistado pelos trabalhadores públicos e privados e, por essa razão, lutaremos pela reabertura imediata das negociações.
Pelo BC no Topo do Executivo
Lembrem-se Presidente Alexandre Tombini e Diretor Altamir Lopes: o reconhecimento do BC como um dos mais eficientes bancos centrais do globo deve-se à qualificação de seu corpo funcional, do qual eles fazem parte. Temos ciência de nossa responsabilidade pela travessia, ainda tranquila, de nossa economia em meio às turbulentas crises internacionais.
A luta continua.
Em defesa do Estado e da cidadania.