Edição 115 - 07/8/2015

Servidores cruzaram os braços em todo o país e marcharam pela Esplanada nesta quinta-feira, 6


Em Curitiba, paralisação provoca esvaziamento
de evento pelos festejos de 50 anos do Banco

Por Samuel Oliveira

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A quinta-feira, 6 de agosto, foi de intensa mobilização para os servidores do Banco Central. Ao clamor dos milhares de representantes do Fórum dos SPF, que marcharam rumo ao Ministério do Planejamento, em Brasília, se somaram as centenas de trabalhadores que cruzaram os braços por meio período em todas as sedes da Autarquia pelo país, em reivindicação a respostas do governo às pautas geral e específica das carreiras. Em Curitiba, a paralisação coordenada pelo Sinal ainda promoveu o boicote a um evento em comemoração aos 50 anos do BC.  

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Brasília / São Paulo

 

Belo Horizonte / Brasília

 

Enquanto caravanas de diversas regiões e um grande número de servidores se agrupavam no ponto marcado para a largada da passeata na capital federal, nas outras nove cidades que abrigam representações do Bacen estações de trabalho eram trocadas pelas mobilizações às portas dos edifícios. Bandeiras hasteadas, palavras de ordem e público pronto a mostrar ao governo a unidade das carreiras. Estava aberta a manifestação em Brasília.

A paralisação nos estados provou que o acordo em torno dos pleitos transcende barreiras geográficas. Em Curitiba, a adesão dos servidores esvaziou a “Rota da Diretoria pelos 50 anos de BC”, evento festivo em que diretores da Casa visitam as sedes para encontro com o corpo funcional. O insucesso da iniciativa na capital paranaense deixa claro que os servidores não veem motivos para festa, dada a omissão da autoridade monetária ante as demandas apresentadas.

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Curitiba: Servidores fora da Rota da Diretoria


Ministro omisso e polícia “atuante”

Ao fim do circuito pela Esplanada, os manifestantes se concentraram à porta do Ministério do Planejamento para cobrar resposta ao ofício protocolado, que solicitava audiência com o ministro Nelson Barbosa. Logo na chegada, após breve desentendimento com um pequeno grupo, a polícia usou de força desproporcional, lançando mão de cassetetes e spray de pimenta sobre os trabalhadores.

Enquanto uma comissão do Fórum dos SPF tentava diálogo com Barbosa, um representante da Secretaria de Relações de Trabalho no Serviço Público (SRT/MPOG) avisou por telefone a Daro Piffer, presidente do Sinal, que o ministro não os receberia e que a SRT havia recebido a incumbência de fazê-lo. O Fórum achou melhor não repetir ao Secretário Sérgio Mendonça tudo o que já foi dito nas mesas negociais, pois a intenção era conversar com o chefe da pasta.

Ainda de acordo com o representante da Secretaria, as mesas setoriais de negociação com as entidades foram prorrogadas para a próxima semana e, provavelmente, a partir do próximo dia 17 o governo chamará os servidores novamente à mesa para uma resposta.

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Enquanto isso, a mobilização continua. Na próxima terça-feira, 11, o Sinal promove mais uma sessão da Assembleia Geral Nacional (AGN) permanente, para ratificação do indicativo de paralisação por 24 horas no dia seguinte, quarta-feira, 12.

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*Fotos 1,2,5 e 8 de Samuel Oliveira

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