Edição 153 – 18/11/2014

Servidores públicos federais se reúnem para definir organização da Campanha Salarial Unificada 2015


Três dias de debates e análises marcaram o Seminário Nacional dos Servidores Públicos Federais, neste fim de semana, em Brasília 

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Parte da delegação do Sinal – Agenor Corrêa (PR), Maurício José (SP),
Rodrigo José (MG), Iso Sendacz (SP), Josina Maria (DF), Laerte Porto (RJ),
Sérgio Belsito (RJ), Manoel Cunha (BA), Miguel Hostílio (PR), José Flávio (PA) –

 Se 2014 não foi um ano de intensa mobilização para o Fórum Nacional dos Servidores Públicos Federais, 2015 promete muita movimentação por parte das entidades. Ao menos o primeiro passo foi dado e bem alicerçado neste fim de semana, em Brasília. Três dias de debates, dezenas de entidades presentes, quase 300 inscritos e um só objetivo: traçar uma pauta de reivindicações que atendesse aos anseios das carreiras integrantes do Fórum. O Seminário Nacional dos Servidores Públicos Federais reuniu lideranças sindicais para discutir pontos da Campanha Salarial para o próximo ano e propostas que valorizem o trabalhador.

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Empunhando a bandeira da unificação do funcionalismo federal, em defesa dos serviços públicos e deflagrando o combate às privatizações, terceirizações e precarização dos órgãos, os presentes assistiram a explanações sobre conjuntura política e econômica e puderam expor seus pontos de vista nas reuniões em plenário e nos grupos de trabalho. Com o fim dos debates, foram mantidos os sete eixos que nortearam a campanha de 2012.

O Sinal esteve bem representado por uma delegação que mesclou integrantes de diferentes regiões do país, acostumados a lidar com situações distintas no contato diário com servidores do BC. 

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O evento foi aberto na sexta-feira, 14 de novembro, com discursos breves de saudação das entidades presentes. O diretor de Relações Intersindicais, Iso Sendacz, representou o Sinal na ocasião, frisando que o sindicato deixaria bem claros os números levantados e discutidos na última AND. “Temos levantado números relativos à defasagem salarial que sofremos nos últimos anos e creio que isso será de grande valia para o fomento da discussão”, afirmou. Dando continuidade à programação, uma mesa de debate sobre conjuntura política, com análise das Centrais Sindicais. João Paulo Ribeiro, Pedro Armengol e Joaninha de Oliveira representaram CTB, CUT e CSP-Conlutas, respectivamente. Após as falas, foram sorteados dez participantes do evento para expor suas análises sobre as questões levantadas. A princípio, divergências em posições políticas pareciam impossibilitar consenso no plenário.

No segundo dia do Seminário, sábado, 15 de novembro, foi a vez de dar voz a todos. O público foi dividido em cinco grupos de trabalho, onde seriam discutidos: a conjuntura política, o papel do Estado e as perspectivas dos servidores no próximo governo. Diferentes pontos de vista políticos continuavam como a tônica dos debates, mas os presentes findaram por entender que, independente de cada postura, o que estava em pauta era o benefício do serviço e do servidor público, como argumentou o diretor de Assuntos Previdenciários do Sinal, Sérgio Belsito.  “A ideia é que tentemos colocar, com simplicidade, a melhor proposta para todos. Algo que nos uma e que não permita iniciarmos a campanha salarial de maneira desunida”, enfatizou.

Ainda no sábado, um momento para a análise econômica: explanações técnicas com demonstração de números e cenário relativos à economia no Brasil e no mundo. Os discursos ficaram a cargo do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e do Instituto Latino-Americano de Estudos Socioeconômicos (Ilaese). Após as apresentações, retorno aos grupos de trabalho para análises de matriz econômica e Campanha Salarial. O dia se encerrou com a reunião dos relatores de cada grupo para a confecção das considerações finais sobre o Seminário.

O último dia teve início com a leitura do relatório das propostas feitas pelos grupos de trabalho. À mesa, que contou com a participação de Sérgio Belsito, o representante da CUT, Pedro Armengol leu, ponto por ponto, o documento, seguido por intervenções de algumas entidades e aclamação geral pelos presentes. Os itens referiam-se a questões salariais, condições de trabalho, negociação, atividades do Fórum e direitos de aposentadoria – no qual se inclui a luta pela paridade e PEC555/2006. As entidades decidirão pela pauta completa em nova reunião do Fórum, ainda neste mês, para ser discutida com as bases das entidades. Dessa forma, no início do próximo ano, serão definidos os rumos da Campanha Salarial 2015.

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 Para Sérgio Belsito, o Seminário representou uma oportunidade sem precedentes às entidades do Fórum Nacional dos Servidores Públicos Federais. “O mais importante de tudo isso é que todas as entidades puderam ouvir o clamor dos servidores”, concluiu.

Galeria de fotos do seminário.

 

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