Edição 224 – 14/12/2021

Retrospectiva: omissão da Diretoria do BC perpetua e agrava as assimetrias e trava acordo nos 28,86%


Pelo reajuste salarial e por um acordo na ação dos 28,86%. Você deve ter lido este mote incontáveis vezes, em especial ao longo dos últimos meses, aqui no Apito Brasil. As duas demandas, que constam da pauta reivindicatória emergencial aprovada pela categoria em maio passado, tiveram atenção especial do Sindicato neste segundo semestre.

Do outro lado, no entanto, o clamor dos servidores encontrou apenas a indiferença da Diretoria do BC. “Menos papo-furado e mais ação”. A mensagem, que estampava a faixa levada pelo Sinal ao protesto na porta do edifício-sede do Banco Central na semana passada (relembre aqui), evidencia a postura omissa e reticente da administração da Autarquia em relação aos pleitos do corpo funcional. Foram diversas as cobranças durante reuniões e muitos outros requerimentos de audiência com o presidente Roberto Campos Neto para dar encaminhamento às questões.

Sobre os 28,86%, ainda, há que se destacar a negativa da Procuradoria (veja aqui) a uma saída não litigiosa, ao passo que diversas outras carreiras firmam acordos com a mediação da Advocacia-Geral da União (AGU). Questionado a respeito do tema durante evento no fim de novembro, Campos Neto afirmou não estar completamente a par, não conseguindo indicar quaisquer perspectivas de resolução.

No que diz respeito ao reajuste salarial, o presidente do BC alegou dificuldades políticas e fiscais, a exemplo da falta de previsão orçamentária, como impeditivos. Todavia, não relatou qualquer movimento político feito pela Autarquia junto ao governo para viabilizar a correção de, ao menos, parte das gritantes perdas remuneratórias dos últimos exercícios. Enquanto isso, circulam notícias sobre a intenção do Planalto de conceder reajustes a outras carreiras, como aos integrantes da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e do Departamento Penitenciário Nacional.

Para além da direção da Autarquia, o Sinal vem centrando a atuação em defesa do reajuste nos parlamentares membros da Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso Nacional. Em encontros recentes, o Sindicato sugeriu, inclusive, a realização de audiências públicas no âmbito da CMO para tratar, não só da questão referente ao reajuste salarial, mas das demandas gerais do setor (relembre aqui).

Os temas seguirão na pauta do Sinal no próximo período e será necessária uma mobilização ainda mais contundente, com a participação de todos, de modo a superar os obstáculos que se apresentam.

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