Trabalho presencial: já é hora de voltar?

Segue previsto para 11 de janeiro o retorno gradual às atividades presenciais em todas as representações do Banco Central do Brasil, nos termos da Resolução BCB nº 47, publicada no último dia 24 de novembro. O regramento prevê diretrizes e procedimentos necessários para a flexibilização do trabalho remoto instituído em decorrência da pandemia da Covid-19.

“É temerário, a esta altura, o encorajamento à volta às repartições, tendo em vista o recrudescimento da pandemia, em virtude de um relaxamento das medidas de isolamento por parte significativa da população nos últimos meses”. O entendimento do Sinal, expresso na edição 198 do Apito Brasil, de 25 de novembro, ganha ainda mais respaldo neste momento em que diversos especialistas apontam a tendência de elevação, ainda maior, da curva de contágios pela doença por conta das festas de fim de ano.

Levando-se em consideração que o período de incubação do vírus pode variar de 2 a 14 dias, as primeiras semanas de janeiro devem, infelizmente, ser marcadas pela contagem dos prejuízos resultantes da falta de atenção às recomendações sanitárias nas celebrações do Natal e do Réveillon. Desta forma, de acordo com o calendário previsto pelo BC, não haveria prazo hábil para uma reavaliação dos possíveis impactos do retorno às repartições públicas em todo o país. O questionamento que fica é: já é hora de voltar?

O Sinal compreende e adverte que o sucesso das medidas preventivas adotadas até aqui pela Autarquia não pode ser comprometido logo agora que nos aproximamos da imunização. O açodamento torna-se ainda mais injustificado se considerada a manutenção das boas entregas pelos servidores da Casa desde o início do trabalho remoto.

Desta forma, reiteramos o apelo para que a Administração do órgão repense o retorno das atividades presenciais e que utilize este período para o aprimoramento do Programa de Gestão de Pessoas, tema sobre o qual o Sindicato encaminhou uma série de sugestões, ainda no mês de setembro.