Edição 19 – 3/2/2020
Boa notícia para os celetistas da ativa; reajuste salarial, no entanto, continua imprescindível
O Banco Central confirmou na última sexta-feira, 31 de janeiro, o direito de permanência dos celetistas da ativa no Programa de Assistência à Saúde dos Servidores do Banco Central (PASBC) após sua aposentadoria e desligamento da Autarquia. A medida atende a uma demanda histórica do grupo, há muito pleiteada pelo Sinal, e que dependia exclusivamente da direção do BC, agora atendida graças aos esforços da diretora de Administração, Carolina Barros, e sua equipe, que apresentaram Voto aprovado pela Diretoria Colegiada.
Apenas no último ano, a reivindicação constou em uma série de ofícios e na pauta de encontros com o presidente da Casa, Roberto Campos Neto, e com a própria diretora Carolina Barros, tendo, inclusive, o respaldo da categoria, por meio de decisão da Assembleia Nacional Deliberativa (AND).
Entretanto, a questão dos celetistas ativos ainda requer uma solução quanto à remuneração. Com vencimentos congelados desde sua recondução aos quadros do BC (o que ocorreu, em sua quase totalidade, entre 1999 e 2003), os funcionários veem, mês a mês, seu poder de compra absurdamente reduzido pela inflação – mais de 230% no período. Vale lembrar que o Sinal reivindica uma solução para essa causa desde 2010 perante o BC e o governo – esteve na pauta das mesas negociais do Sinal com o então Ministério do Planejamento, Organização e Gestão (MPOG) na Campanha Salarial de 2015 e, mais recentemente, foi reafirmada, tanto no BC quanto no Ministério da Economia.
“O Sinal entende que há uma necessidade premente de que todas as partes envolvidas neste processo unam seus esforços para, definitivamente, dar o devido encaminhamento a uma questão que, mais do que justa e legal, é, principalmente, humanitária”, observou ofício encaminhado ao Departamento de Relações de Trabalho no Serviço Público, do Ministério da Economia, em julho de 2019.
Que a direção do BC não se omita e, assim como nesta elogiável medida quanto ao PASBC, busque fazer valer sua força política para resolver, de vez, a questão salarial desses nossos colegas.